Ordem dos Templários

templarios

               Uma observação importante de minha parte: A alguns anos atrás, recebi esses textos de meu pai, que sabia de meu interesse pela matéria. Na sua maioria não tem qualquer tipo de referência, e gostaria de pedir a quem o ler, caso saiba sua procedência ou sua fonte, me envie um e-mail para que eu possa atribuir a quem de direito a autoria.

 

               Fundada em 12 de junho de 1118, em Jerusalém por Hugues de Payens e Gogofredo de Saint Omer. Chamada de “Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, a Ordem do Templo foi criada, supostamente, para defender Jerusalém dos infiéis, guardar o Santo Sepulcro e proteger os peregrinos à caminho a Terra Santa. Esta afirmação é, no mínimo, intrigante. Como nove membros da nobreza conseguiriam proteger peregrinos, guardar o Santo Sepulcro e ainda defender Jerusalém? Principalmente por, nessa época, não se admitir outros membros? Na verdade, esta Ordem foi criada por uma outra Ordem e esses nobres permaneceram dentro do Templo de Jerusalém para uma cumprir uma missão. Após o término da construção do Templo de Jerusalém, Salomão levou a Arca da Aliança para lá. O Templo era a casa do Senhor, edificado por Salomão, para a eterna habitação do Senhor, com a presença da Arca e das Tábuas da Lei como testemunhas. Esses dois fatos são mencionados na Bíblia pela última vez e com precisão em I Reis 8,9.

               O grande interesse pela Arca não se prendia apenas ao valor religioso que elas apresentavam, mas também, segundo Charpentier, pelos capítulos mais importantes e essenciais nelas escondidos cuidadosamente e fora do alcance do público. Essa parte continha a sabedoria antiquíssima, a verdadeira Lei Divina participada a Moisés, no Monte Sinai, ou escrita por ele mesmo com os conhecimentos que adquirira através de sua iniciação no Egito. Seja qual for o sentido esotérico dos documentos trazidos, o fato é que nas Tábuas não havia mensagens míticas ou considerações vagas que pudessem dar margem a interpretações arbitrárias. Pois a parte da lei não destinada ao público formava uma enciclopédia compacta e de natureza científica e parecida com o texto de Hermes Trismegisto contendo dados de milhares de anos antes de Moisés.

               Essa ciência podia ser comparada perfeitamente a um impresso político ou, ao que tudo indica, seria um manual prático para o esclarecimento do reino de Deus. Em consequência às informações dos teólogos e cabalistas judeus é que, o grupo dos Templários foram à Jerusalém para conquistar a Arca e seu conteúdo inestimável. A intenção era pôr em prática, com muito cuidado e de maneira experimental, a verdadeira Lei Divina, chave dos segredos do universo, para o bem da humanidade. Tal missão lembra-nos a procura do Santo Graal, assunto que, nas décadas seguintes, passou a Ter um vivo interesse na literatura Ocidental. Baldwuin II, rei de Jerusalém, recebeu a ambos e mais sete templários nos alojamentos das estrebarias do Templo de Salomão onde permaneceram por nove anos e seus trabalhos e pesquisas permaneceram secretos. Eles retornaram à Europa plenos de glória e mistérios e seu retorno coincidiu com a construção das primeiras catedrais góticas.

Os primeiros Templários fizeram voto de pobreza, castidade e obediência. Inicialmente não aceitavam novos adeptos à Ordem, se bem que no futuro a Ordem dos Cavaleiros Templários se expandisse, contando com milhares de membros e se tornando uma das mais ricas instituições. Porém em seu início, a Ordem do Templo não teria conseguido se expandir se não fosse a ação oculta de vários personagens que a influenciaram, mesmo que discretamente. Figuras como os Ismaelitas do Velho da Montanha, os cabalistas, os judeus da Espanha mulçumana, as hordas de Khanat de Gengis Kan, os cavaleiros árabes de Saladino, romances e lendas da Távola Redonda e as buscas pelo Santo Graal.

               Jerusalém foi tomada de assalto no século XII, o que também descaracterizou a principal missão externa da Ordem do Templo. São Bernardo de Clairvaux, fundador da Ordem Cistercense, foi o patrono dos templários e recebeu de presente várias propriedades pertencentes a eles. Bernardo de Clairvaux defendia os judeus e convidava escriturólogos cabalistas para trabalhar na abadia de Clairvaux. Ele pediu a cooperação da Ordem, através de Hugues de Payen, para reabilitar os ladrões, sacrílegos, assassinos, perjuros e adúlteros, porém que estivessem dispostos as se alistar nas fileiras das cruzadas pela libertação da Terra Santa.

               Em 1128 de nossa era, o Papa Honório II aprova a Ordem Templária, dando a eles uma vestimenta especial, um hábito e um manto brancos. Em 1145 o Papa Eugênio III, lhes concede como distintivo, a cruz vermelha, que foi inicialmente usada do lado esquerdo do manto e mais tarde, também no peito. Em 1163, o Papa Alexandre III outorgou a carta constitutiva da Ordem, que na verdade parecia com as regras da Ordem Cistercense. Devido às doações altíssimas de joias e terras, auferiram poderes e, até chegaram a só render obediência ao grão-mestre e ao Papa. Uma informação deve ser acrescentada: O Vaticano, em Roma, está por cima do cemitério onde supostamente Pedro, o Apóstolo foi enterrado após ser crucificado de cabeça para baixo.

               A autoridade Papal é baseada no pressuposto fato de Jesus ter chamado Pedro de “rocha”, que ele daria continuidade a mensagem externa de Jesus. Os templários, por sua vez, possuíam a missão de guardiães da mensagem interna, ou seja, do continuísmo profético da Arca da Aliança, tesouros espirituais e, dos segredos da genealogia de Jesus que, descendendo da linhagem de Davi, via Salomão era, além do Messias Prometido, um rei de fato. Eram mais afeitos à João que, segundo relato bíblico, recebeu de Jesus a incumbência da linhagem ou seguidores da linhagem, já que Jesus solicitou a João que cuidasse de Maria, sua mãe e vice-versa.

A Ordem do Templo era constituída de vários graus e a mais importante foi a dos cavaleiros, descendentes, de alta estirpe em sua maioria. Tinham também clérigos (bispos, padres e diáconos) e outras duas classes de irmãos servidores, os criados e artífices. Chegaram a ser grandes financistas e banqueiros internacionais, cuja riquezas chegaram ao seu apogeu no século XIII. Seu papel na Igreja pode ser avaliado pelo fato de haver representantes nos Concílios da Igreja católica (Troyes, Latão, Lyon). Devido ao extremo sigilo de sua missão e sua iniciação, os leigos atribuíam as mais horríveis práticas e histórias infundadas.

               Após a tomada de Jerusalém pelos sarracenos (muçulmanos que negociavam, no período de trégua, com os templários, pois acreditavam ser prudente ter algum dinheiro investido com os cristãos para o caso de que os avatares da guerra pudessem terminar em alguma espécie de pacto com os europeus) em 1291, adveio a queda do reino latino; o quartel general da Ordem foi transferido da Cidade Santa para Chipre, e Paris passou à categoria de seu principal centro na Europa. Embora a Ordem tenha sido abalada em sua razão de ser quando o túmulo de Cristo passou para os muçulmanos, ainda era poderosamente rica e, a corte da França além do Papa deviam dinheiro a eles e passaram a ser cobiçados pelo rei francês, Felipe, o Belo.

               Esse rei confiscou os haveres dos lombardos e judeus e os expulsou do país. Os templários corriam perigo pois o imenso patrimônio (150.000 florins de ouro, 10.000 casas ou solares, inúmeras fortalezas, pratarias, vasos de ouro, entre outras preciosidades. Trinta mil simpatizantes em 9.000 comendadorias entre Palestina, Antióquia, Trípoli, França, Sicília, Inglaterra, Escócia, Irlanda etc. Isto era apenas o que o rei sabia, em seu território. Felipe e o Papa fizeram uma perigosa cilada, ajudada por opositores que, interessados na desmoralização da Ordem, contra ela levantou graves acusações. Em 13 de outubro de 1307, numa Sexta feira, mandou prender todos os templários e seu grão-mestre, Jacques de Molay, os quais, submetidos à inquisição, foram por estes, acusados de hereges. Por meio de inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e fogo, foram arrancados desses infelizes as mais contraditórias confissões.

               O Papa, desejoso de aniquilar a Ordem, mantendo a hegemonia da Igreja de S. Pedro, e livrar-se da dívida, convocou o Concílio de Viena em 1311, com esse fim mas não conseguiu. Convocou um outro, porém privado em 22 de novembro de 1312 e aboliu a Ordem, conquanto admitindo a falta de provas das acusações. As riquezas da Ordem foram confiscadas em benefício da Ordem de São João, mas é certo que uma grossa parcela foi parar nos cofres franceses de Felipe, o Belo. A tragédia atingiu seu ponto culminante em 14 de março de 1314, quando o grão-mestre do templo, Jacques De Molay e Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, foram publicamente queimados no pelourinho diante da Catedral de Notre Dame, ante o povo, como hereges impenitentes. Diz-se que o grão-mestre, ao ser queimado lentamente, voltou a cabeça em direção ao local onde se encontrava o rei e imprecou:

 

                “Papa Clemente, Cavaleiro Guilherme de Nogaret, rei Felipe… Convoco-os ao tribunal dos céus antes que termine o ano, para que recebam vosso justo castigo. Malditos, malditos, malditos!… Sereis malditos até treze gerações…”

 

               E de fato, antes de decorridos o prazo, todos estavam mortos. Em Portugal, o rei D. Dinis não aceita as acusações, funda a Ordem de Cristo para qual passou alguns templários. Na Inglaterra, o rei Eduardo II, que não concordara com as ações do sogro, Felipe, ordena uma investigação cujo resultado proclama a inocência da Ordem. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, os templários distribuíram-se entre a Ordem dos Hospitalários, monastérios e abadias. Na Espanha, o Concílio de Salamanca, declara unanimemente que os acusados são inocentes e funda a Ordem de Montesa. Na Alemanha e Itália a maioria dos Cavaleiros permaneceram livres. Também os Rosa-Cruzes, Grande Fraternidade Universal, OSTG (Ordem sagrada do Templo e do Graal). A destruição da Ordem não suprimiu os ensinamentos mais profundos. A maçonaria e a Ordem DeMolay mantém a mística até os dias de hoje.

 

               O surgimento da arquitetura gótica

 

               Um núcleo, provavelmente ultra secreto, dos Templários, formado à liderança da Ordem (seria esse o pequeno grupo dos cavaleiros do Graal), dispunha, por meio das tábuas completas da lei, de um conhecimento ainda hoje fora do alcance da humanidade. Por exemplo, podemos provar que os Templários não só racionalizaram como também revolucionaram a agricultura. No tempo do florescimento da Ordem do Templo, surgiu a arquitetura gótica. Curiosamente, esse “aparecer” foi repentino, e não resultado de um crescimento orgânico e lento. O goticismo não cresceu da arquitetura romana que a precedeu. Era algo completamente novo. Subitamente estava lá. A arquitetura romana baseia-se numa força que age de cima para baixo; a cúpula redonda pressiona com seu peso os muros e estabiliza dessa maneira a construção. Os arcos pontudos da catedral gótica baseiam-se exatamente no princípio contrário: a pressão age de baixo para cima. Enquanto uma cúpula romana pode eventualmente cair, se mal construída, um arco gótico pode explodir. Trata-se de um caso de tensão dinâmica.

               Resumindo. Podemos dizer que os arquitetos romanos, com toda sua inteligência, aplicaram nas suas construções uma técnica pouco diferente daquela usada pelos construtores megalíticos, quando amontoavam pedras pesadas umas sobre as outras. Já a catedral gótica exige um conhecimento muito maior, assim como dados científicos, tradicionalmente recebidos ou geometricamente calculados e recalculados constantemente. Isso superava amplamente os conhecimentos daquela época.

Além da arquitetura e agricultura, um outro fato é válido também para o campo financeiro. Os monarcas estavam constantemente sem dinheiro. As cidades eram pequenas e o núcleo de habitantes também; a igreja protegia cuidadosamente seu tesouro. Os funcionários públicos eram, salvo raras exceções, bastante pobres.             Logicamente podemos perguntar o que estaria atrás dessa mania de construir que consumia somas astronômicas. É muito provável que essas construções, surgindo de uma hora para outra, dentro de um curto espaço de tempo, dezenas ao mesmo tempo, faziam parte de um gigantesco projeto ainda não esclarecido para a humanidade.

De onde vieram esses operários especializados, do arquiteto ao escultor ou o chaveiro, num mundo de relativamente poucos habitantes? Seja como for, nasceu uma classe de operários de construção, treinados numa técnica exemplar e fisicamente livres para, em caso de necessidade, se locomover de uma oficina para outra, sem problemas. Não é sem razão que se considera essas oficinas de construtores livres (chamadas loges, em francês) como precursores das lojas franco-maçônicas. Entre as invenções dos Templários, podemos acrescentar a ideia original da criação dos bancos, com seus cheques e outros métodos de créditos, projetados para ajudar as finanças e suas atividades na Terra Santa.

 

               A Ordem atrás da Ordem

 

               A missão do priorado do Sion continuou intocável. Os seguidores da linhagem mantiveram-se atentos e, apesar do sofrimento do segmento da Ordem dos Templários, e o surgimento de outras denominações envolvendo os templários, os guardiães do Graal e dos tesouros hebraicos continuavam sob a égide do Priorado de Sion. Mas quem foram realmente os templários e qual foi a verdadeira finalidade da criação dessa Orem de Cavalaria? Se havia uma Ordem que autorizou esta facção, o que ela realmente desejava? Quem seriam? Quando foi fundada? E por que?

               De acordo com os lendários conhecimentos ocultos e bem guardados pelos templários antigos e modernos, os princípios que serviram de ideal para a fundação oficial da Ordem do Templo perante o mundo profano, são tão antigos quanto a própria história da humanidade. Existiram os cruzados e os templários, onde estes últimos seguiram um objetivo bem diferente do que o da conquista de Jerusalém. Ao se instalarem nas ruínas do templo de Salomão, diz-se que eles encontraram os túneis secretos que levavam ao tesouro da biblioteca oculta onde estava guardados os segredos da antiga Ordem Hermética a qual pertenceu o rei Salomão, contendo também os diversos segredos de construção e arquitetura (gótica), segredos de navegação, as Tábuas da Lei e a Arca da Aliança, ressurgindo assim, os sagrados ideais de outrora, ocultado no interior de uma Ordem monástica com o nome de Ordem dos Pobres Companheiros de Cristo, ficando conhecida mais tarde por Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, ou do Templo de Jerusalém, e , finalmente Ordem do Templo. Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e no fim dessa passagem, uma porta dourada onde estava escrito:

 

               “Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos”.

 

               Dessa forma, após muita hesitação, um dos cavaleiros bateu na porta dizendo: “Abri em nome de Cristo” e a porta abriu-se. Ao entrarem, encontraram entre figuras estranhas uma forma de estátuas e estatuetas, um trono coberto de seda e sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada. A Ordem do Templo sempre possuiu duas hierarquias, uma Interna e outra Externa. Faziam parte da Hierarquia Externa, os militares que defendiam a Terra Santa e os peregrinos que a ela se dirigiam. Já a Interna, era composta por homens e algumas mulheres que se dedicavam principalmente aos estudos herméticos e ocultos.

               No início da Ordem, os Mestres do Templo eram sempre oriundos da Hierarquia Interna, sendo, portanto, grandes Iniciados nos mistérios. Mas, a partir do mestrado de Bertrand de Blanchefort (1156-1169), introduziu-se o costume de escolher como Mestre do Templo, um profano da Hierarquia Externa que já tivesse, inclusive, desempenhado altas funções no Reino de Jerusalém, sendo Cavaleiros já amadurecidos na observância da regra. Esse costume demonstra o possível desejo de garantir a influência da Ordem perante aqueles que exerciam o poder na época, influência aliás, que já era muito grande. Foi nessa época também que houveram muitos desmandos, vícios, prepotência e arrogância dos Mestres do Templo.

               Isto talvez explique os erros lastimáveis que cometeram os Mestres da Ordem, como por exemplo, a perda da batalha de Hattin e a consequente perda de Jerusalém durante o mestrado de Gerard de Ridefort (1184-1189). Por erros e traições perpetradas por alguns Mestres, muitos se revoltaram dentro e fora da Ordem, até que novamente conseguiram trazer para Mestre, Jacques de Molay, que apesar de ser praticamente iletrado, possuía o verdadeiro coração de um templário, sendo um dos responsáveis pela perpetuação da Hierarquia Interna através dos difíceis dias daquela época da Inquisição, bem como pela passividade diante da destruição da Hierarquia Externa, aceita pelos Mestres Ocultos do Templo como condição para que a Sabedoria secreta pudesse ser salva. Seria difícil crer que um exército disciplinado e treinado, com milhares de homens, com influências em todas as áreas e possuidores de imensas riquezas, não tivesse amigos e informantes. Dessa forma, puderam os altos dignitários do Templo, dar a seus membros, palavras de passe e sinais de reconhecimento, para que se albergassem em outras confrarias onde seriam acolhidos e protegidos, principalmente pelos franco-maçons. Seus verdadeiros tesouros, isto é, seus conhecimentos, foram resguardados de mãos profanas, os arquivos e pergaminhos valiosos, foram colocados a salvo. Portanto, a Hierarquia Externa do templo, seu lado profano e militar, perdeu seu poderio.

 

               A Ordem de Cristo

               Trechos extraídos de Jorge Caldeira, da revista Super Interessante, ano: 12 – n° 2 – fev 98.

 

               Felipe, o Belo, rei da França, junto com o Papa Clemente, dizimaram a fogo todos os templários que puderam e confiscaram todos os seus bens. Assim, houve um êxodo de templários para Portugal, Inglaterra, Irlanda etc. Com a chegada dos templários em Portugal em 1307, D. Diniz os recebeu e fundou a Ordem de Cristo, que recebeu em 1416 D. Infante de Sagres como grão-mestre. Os templários tinham os segredos da arquitetura e construíram prédios góticos, e também possuíam segredos de navegação e astronomia. Era inconcebível para os europeus chegar às Índias, contornando a África, principalmente pela falta de conhecimento detalhado do hemisfério Sul, já que só o céu do Norte havia sido mapeado. Acreditava-se também que, no Sul, os mares eram repletos de monstros terríveis.

               De onde teria vindo a informação de que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente? Possivelmente dos templários que, durante as cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram intenso contato com os viajantes de toda a Ásia e segredos marítimos da Ordem do qual pertencia o rei Salomão. Alguns historiadores tradicionais informam que a América foi visitada regularmente por Vikings e na época pré-cristã por egípcios, gregos, fenícios, cartagineses e celtas. Todas essas informações haviam sido catalogadas e guardadas por ocultistas famosos desde a época de Salomão, e isto é o mais longe que se sabe. Fontes como a mitologia clássica, lendas indígenas e folclores marítimos sugerem estas visitas. Antes de Colombo, informa-se que o príncipe Henry Sinclair, cavaleiro do Templo de Salomão também conhecia esse caminho. Esses mesmos cavaleiros templários serviram de base para a Franco-Maçonaria Escocesa que herdaram seus segredos e mistérios.

               A proposta visionária recebeu o aval do Papa Martinho V, em 1418, na bula Sane Charissimus. As terras tomadas dos “infiéis” passariam à Ordem de Cristo, que teria sobre elas tanto o poder temporal, de administração civil, quanto o espiritual, isto é, o controle religioso e a cobrança de impostos eclesiásticos. Em 1498, o cavaleiro Vasco da Gama conseguiria chegar às Índias. D. Henrique morreu em 1460, não assistindo, portanto, o seu triunfo. E Portugal ia se tornando a maior potência marítima da terra. A Escola de Sagres foi uma lenda criada por poetas românticos portugueses do século XIX. Na verdade, foi do porto de Lagos, no Sudoeste de Portugal que a Ordem de Cristo, liderada por D. Henrique deflagrou a expansão marítima do século XV.

               A Ordem de Cristo, sendo prosseguimento da Ordem dos Templários tinham normas secretas e só conhecidas na totalidade pelo grão-mestre, podendo assim Ter interesses próprios. Ao entrar na companhia, o novato conhecia só uma parte das regras que o guiavam e, à medida em que era promovido, sempre em batalha, tinha acesso a mais conhecimento, reservados aos graus hierárquicos superiores. Rituais de iniciação marcavam as promoções. Foi essa estrutura que permitiu mais tarde, à Ordem de Cristo manter secreto os conhecimentos de navegação do Atlântico. Usavam a cruz vermelha em fundo branco nas naus portuguesas, a mesma que a Ordem dos Templários usava.

               O castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos que a inquisição não conseguiu arrancar. Até a metade do século XV, os cavaleiros saíram na frente sem esperar pelo Estado Português. Uma vez anunciada a colonização, eventualmente doavam à família real o domínio material dos territórios, mantendo o controle espiritual. À corte, interessada em promover o desenvolvimento da produção de riquezas e do comércio, cabia então consolidar a posse do que havia sido descoberto. Em 1550, o rei D. João III fez o Papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem direito de sucedê-lo também no comando das expedições.

               Os templários tinham em suas mãos relatórios reservados de navegadores que já haviam percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o polo norte verdadeiro e polo norte magnético que aparecia nas bússolas. E à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do hemisfério sul, a que também unicamente os iniciados tinham acesso. Todos sabem que Cabral só esteve no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida Brasil. Sua presença era indispensável pois só a Ordem de Cristo, herdeira da Ordem dos Templários, tinha autorização para ocupar os territórios tomados dos infiéis.

               Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, em ação combinada com seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de dois anos na fronteira, os reis Fernando e Isabel, começaram a interessar-se pelas terras de além mar. Com a viagem vitoriosa de Colombo à América, em 1492, o Papa Alexandre VI, um espanhol de Valência, reconheceu em duas bulas, a Inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês havia descoberto e rejeitou as reclamações de D. João II de que as novas terras pertenciam a Portugal. O rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente, na Espanha, em 1494, um tratado para dividir o vasto novo mundo que todos pressentiam: “O Tratado de Tordesilhas”.

               Na volta da viagem à América, em 1493, Cristóvão Colombo fez uma escala em Lisboa para visitar o rei D. João II, um gesto corajoso. O soberano estava dividido entre dois conselhos: prender o Genovês ou reclamar direitos sobre as terras descobertas. Para a sorte de Colombo decidiu pela Segunda alternativa. Como a reivindicação não foi atendida acabou sendo obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de Cristo, liderados pelo ex-presidente Duarte Pacheco Pereira, a Tordesilhas, na Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis. Apesar de toda a contestação a seus atos, a santa Sé ainda era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países.

               O cronista espanhol das negociações, Frei Bartolomeu de Las Casas, invejou a competência da missão portuguesa. No livro “História de Las Índias”, escreveu:

 

               “No que julguei, tinham os portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos das coisas do mar que as nossas gentes”.

 

               Sem a menor dúvida, era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem. Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas bulas Inter Caetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais de 100 léguas a Oeste e Sul da Ilha dos Açores e Cabo Verde. Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória e imaginária, que ia do polo Norte ao polo Sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo que estivesse a leste desse limite para os portugueses.

 

               Os Hospitalários

               Os cavaleiros hospitalares de São João, Jerusalém, Rodhes e Malta.

 

               Formados depois da primeira cruzada. A ordem dos Hospitalários dedicou-se originalmente à medicina, curando e provendo o repouso para os peregrinos. Devido às contínuas invasões muçulmanas, os hospitalares adotaram a filosofia guerreira dos Templários e rapidamente dedicaram-se à defesa militar da cristandade. Porém, os cavaleiros hospitalares nunca esqueceram suas origens e sempre mantiveram hospitais para cuidar dos doentes e feridos. Os hospitalares foram a única a sobreviver incólumes aos turbulentos séculos (ainda hoje a Ordem Hospitalaria é atuante, com sede na ilha de Malta, no Mediterrâneo) em que atuaram. Durante os últimos séculos, eles agiram frequentemente em auxílio ao braço da espionagem do Vaticano.

               A maioria das pessoas os veem como dedicados à obras beneficentes especialmente em auxílio pelo mundo inteiro em serviço de ajuda a desastres. Os membros desta ordem, aparecem em público normalmente muito bem vestidos. Como a maioria dos médicos, eles acreditam em padrões altos de limpeza e higiene. Seu uniforme cerimonial é negro com uma cruz branca (a cruz maltesa). Ocasionalmente, os guerreiros monges mais antigos, usam batas vermelhas com a cruz maltesa branca. Desde que foram expulsos de sua sede na ilha de Malta em 1700, por Napoleão, os Hospitalários tiveram que contentar-se com uma propriedade pequena perto do Vaticano, em Roma. Porém, foi permitido recentemente aos cavaleiros, reaverem seu castelo de Valletta; entretanto, o Maltês já não os aceita como senhores.

Os membros dessa Ordem são geralmente escolhidos entre os médicos, homens de ciência ou com tendência ao sacerdócio conforme comentamos acima, um braço dos Hospitalários foi fortemente envolvido na espionagem do Vaticano durante séculos. O autor levanta a suspeita de que ainda hajam membros da Ordem dedicados à esta tarefa. Esta é a Ordem mais tradicional (do ponto de vista de submissão ao Papa) e coloca grande ênfase em religião e cerimônias religiosas. Como resultado, só são permitidas para as mulheres servir dentro da Ordem de uma maneira não combatente. Os Hospitalários têm um forte senso de justiça. Eles não auxiliarão nenhuma pessoa ou criatura que eles pensem que são más e isto os põem frequentemente em conflito com os Templários e Teutônicos.

 

               Princípios históricos

 

               Os cavaleiros hospitalares pertencem à uma Ordem cuja poderosa documentação os torna oficiais, legais até os dias de hoje. Seus tradicionais rivais foram os Cavaleiros Templários. Sua estrutura básica é bastante parecida com a dos Templários, porém com maior enfoque em saúde e medicina. A Ordem de Saint John, originou-se com o hospital dedicado a São João em Jerusalém, aproximadamente em 1070, trinta anos antes da primeira cruzada, por um grupo de comerciantes italianos que queriam cuidar dos peregrinos. Foi constituída como uma Ordem aproximadamente em 1100, logo após a primeira cruzada, quando assumiu seu primeiro grão-mestre principal (seu autor não cita o nome).

               Por volta de 1126, porém, aproximadamente 8 anos depois dos Templários, publicamente, apareceram como “Os Cavaleiros de Saint John”, começando a assumir um caráter crescentemente militar, que ficaria, com o tempo, mais proeminente que o próprio serviço de hospital para o qual tinham sido instituídos. O autor cita aqui que em sua opinião, os Hospitalários podem ter sido obrigados a adotar o braço combatente, por que os Templários não estavam fazendo o trabalho a eles destinados, dedicando-se a percorrer a Terra Santa, em busca de relíquias Santas, em vez de proteger os peregrinos. Os Hospitalários, juntos com os Templários e Teutônicos, tornaram-se o exército principal e o poder financeiro da Terra Santa. Este poder expandiu-se ao longo do mediterrâneo.

               Como os Templários, eles ficaram imensamente ricos. A Ordem desenvolveu-se em um exército vasto, organização eclesiástica e administrativa com centenas de cavaleiros, um exército parado, numerosos serviços secundários, uma cadeia de fortalezas e propriedades enormes de terras pelo mundo Cristão. A ordem permaneceu verdadeira às suas origens e mantém até os dias atuais, hospitais atendidos por seus próprios cirurgiões e demais funcionários. Em 1307, quando os Templários foram acusados de uma série de ofensas contra a ortodoxia católica, os Hospitalários conseguiram ficar imunes de qualquer estigma. Eles retiveram o favor do papado. Na Inglaterra e em outros lugares, ex propriedades dos Templários foram devolvidas – impulsionando ainda mais suas riquezas. Depois de 1291, os Cavaleiros de São João retiraram-se para Chipre.

               Em 1309 eles estabeleceram sua sede na Ilha de Rhodes que governaram como o principado privado. Eles ali permaneceram durante dois séculos e resistiram a dois ataques dos turcos. Em 1522, um terceiro ataque os forçou a abandonar a ilha e em 1530 eles novamente estabeleceram-se em Malta. Em 1565, Malta foi sitiada pelos turcos em uma tentativa ambiciosa para conquistar o Mediterrâneo. Em uma defesa épica, 541 cavaleiros Hospitalários e sargentos junto com 1500 soldados a pé e mercenários repeliram os repetidos ataques de 30000 inimigos. A derrota histórica infligida aos turcos, destruiu seus planos de invasão. Seis anos depois, em 1571, a Frota da Ordem, junto com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, ganhou a batalha naval de Levanto e quebrou o poder marítimo turco. A frota dos Hospitalários foi premiada com créditos pelos afundamentos.

               No 16o século eles eram ainda um exército supremo com poderes navais considerável no mundo Cristão, contando com força e recursos financeiros comparável à maioria das nações. Mas a reforma protestante tinha começado a quebrar a força na Europa Católica, e a própria Ordem viu-se fendida com novas convicções. A Europa passou para uma idade nova de tolerância religiosa e mercantilismo. Os cavaleiros ainda estavam em Malta em 1798, entretanto a Ordem havia transformado-se em apenas uma sombra do que eles eram. A Free-Maçonaria tinha corroído as suas submissões católicas e quando Napoleão invadiu a ilha a caminho do Egito, os cavaleiros não ofereceram nenhuma resistência. Quando Horátio Nelson recapturou as ilhas, os cavaleiros puderam ali restabelecer uma presença não oficial. Em 1834, uma base oficial era estabelecida em Roma.

               Uma vez mais dedicados ao hospital e ao trabalho, junto à saúde, os cavaleiros mantêm sua fortaleza em Malta, mas, não têm nenhum poder de governo. De maneira muito interessante, foi considerado seriamente a possibilidade de entregar Israel para os Hospitalários depois da Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista de direitos internacionais, os Cavaleiros de Malta são encarados como um principado soberano independente, com a opção de um assento nas Nações Unidas (o qual eles nunca ocuparam). Podem ser identificadas embaixadas na África e países americanos latinos com plenos privilégios diplomáticos.

 

               Os Teutônicos

               Nome completo: A Ordem Sagrada dos Cavaleiros Teutônicos.

 

               A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi fundada em 1190 por cruzados alemães na Palestina e foi reconhecida pelo Papa em 1199, instituída depois dos Cavaleiros Templários, e dos Hospitalários, restringiu a admissão à Ordem, apenas aos membros da Nobreza. A nova Ordem, constituiu-se no principal grupo militar Alemão. Em 1229, os Cavaleiros Teutônicos começaram uma cruzada para converter e pacificar eslavos pagãos da Prússia. Eles esmagaram os eslavos nativos e adotaram para si próprios, um estado de semideuses. A forma impiedosa de combater os inimigos, rendeu aos Teutônicos a reputação de guerreiros malignos. Os Cavaleiros Teutônicos tornaram-se cínicos, e acreditavam que a eliminação total do inimigo era o único meio de erradicar rapidamente o mal. Para atingir seus objetivos, seu treinamento militar era supremo.

               Vestidos para batalha, são iguais a todos os demais cavaleiros; em alguns casos um Teutônico pode ter alguns suplementos opcionais alinhavados em seu vestuário, entretanto, normalmente, suas batas eram brancas e adornados com uma cruz preta simples. Após as batalhas da Idade Média, durante vários séculos, um pequeno grupo de Teutônicos serviu em Viena como uma pequena chama que mantinha viva a Ordem; porém, agora que a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi restabelecida, eles readquiriram sua antiga sede no Castelo de Marienburg. Os membros da Ordem são encarados pela população em geral, como pessoas normais que pertencem à uma Ordem semi-clerical, dedicada ao trabalho de caridade, mas, segundo o autor, os membros da Ordem têm força para dobrar barras de ferro, o que os afasta da média da população.

               Os Cavaleiros Teutônicos escolhem os seus sócios cuidadosamente, geralmente provenientes de polícias especiais, as forças armadas de vários pontos ao redor do mundo. A maioria dos Cavaleiros Teutônicos vêm destes exércitos ou equipes da força policial. São muito reservados e raramente revelam sua identidade em público. Esta é a única Ordem que obriga os seus membros às antigas regras de não manter contatos familiares. Os fundos financeiros deles são quase impossíveis de serem localizados, seus detalhes pessoais são protegidos até mesmo de Teutônicos da mesma categoria e suas habilidades de luta são cuidadosamente desenvolvidas. Para pertencer à Ordem é necessário possuir muito bons atributos físicos e ser um excelente lutador. Sua fama é de possuírem um temperamento agressivo, e frequentemente estão ansiosos para entrar numa briga.

               Este tipo de atitude é interpretado pelos Hospitalários e Templários como puro instinto animal. As outras Ordens não apreciam o ódio e a preocupação com que os Teutônicos agem com os inimigos. Os Teutônicos normalmente ficam frustrados com estratégias a longo prazo. Eles gastam a maior parte de suas vidas treinando para lutar e querem pôr todo o treinamento em prática rapidamente. Tendem a serem difíceis de se dar socialmente. Repugnam o artifício ou as táticas sutis e acreditam na confrontação frente-a-frente como melhor tática de aproximação. Isto os conduziu frequentemente, em desentendimentos com os Hospitalários e Templários. As vezes os Teutônicos quando fora da Ordem, ignoram as instruções de seus próprios oficiais, se julgarem que a mesma é imprópria ou incorreta.

 

               Princípios Históricos:

 

               Os Cavaleiros Teutônicos são um exército e Ordem Religiosa Alemã, baseada nos Hospitalários e Templários. É a mais jovem das 3 Ordens militares, foram fundadas em 1190 como uma unidade de auxílio, por comerciantes alemães preocupados com os compatriotas sujeitos às doenças. Os membros do grupo estabeleceram-se entre os integrantes do exército Cristão acampado fora do Acre. Pouco depois, foi-lhes concedido terras para construir um hospital, e também um Estado Monástico. Os Teutônicos foram então, surpreendidos com a instrução do Papa Innocent III, para se tornarem uma Ordem Militar. O braço militar era baseado no modelo dos Cavaleiros Templários e o hospital nos Cavaleiros Hospitalários. A Ordem dos Teutônicos não restringiu então, aos seus membros, a exigência de pertencer à nobreza alemã. Os únicos limites eram ser um homem livre e não estar casado. A Ordem geralmente usava um hábito branco com uma cruz preta. Cada um dos doze Capítulos da Ordem, havia um líder conhecido como Komtur, significando o oficial da diligência. Quando um grão-mestre morria, todos os Komturs reuniam-se para eleger treze membros que, em troca, elegeria um novo grão-mestre. Os outros oficiais do comando (GrossKomtur), eram:

 

  • Os Ordensmarshall;
  • O Tressler (o tesoureiro);
  • Os Spittler (hospitalários) e
  • O Trapier (chefe de quartel).

 

               A Ordem nunca se distinguiu na Terra Santa. Não lutou nenhuma batalha famosa, nem desfrutou inicialmente a riqueza de apoio dada às outras Ordens. É parcialmente por causa dessa falta de apoio que permaneceu um movimento puramente germânico; fato este que logo direcionou seus interesses para própria Pátria. Em 1216, a Ordem perdeu a maioria dos seus cavaleiros e seu grão-mestre em ação na defesa da Terra Santa. A Ordem ficou em Acre até a queda do reino em finais do 13° século, quando os Teutônicos aumentaram gradativamente sua força nos Balcãs.

               A Ordem ajudou o rei Andrew da Hungria nos meados de 1210, a desalojar os Kumans que estavam invadindo a Transilvânia. Outro que pediu ajuda à Ordem foi o Duque polaco Conrad de Masovia, que pediu para a Ordem proteção contra os pagãos que invadiam suas terras. A ordem era inumana em sua briga contra as tribos pagãs, até mesmo com pequenos contingentes de cavalarias eram praticamente invencíveis em face a qualquer inimigo. Os Teutônicos não tinham misericórdia. Qualquer homem, mulher ou criança conquistado tinha que se converter ou seriam executados. Os nativos tornaram-se servos da Ordem, controlados de uma série de fortalezas poderosas. Os domínios Teutônicos estenderam-se pelos Bálcãs da Polônia, pela Lituânia e Suécia. Nos 100 anos seguintes eles estenderam seu domínio ao longo do Báltico do Golfo da Finlândia para as margens do Pomeranian. Os Teutônicos colonizaram a terra com alemãs e estabeleceram um governo central forte e com sede em Mariengburg Prússia.

               Rebeliões nos anos 1.260 forçaram a Ordem em seus limites. Depois que vários castelos Balcânicos e Acre caíram em finais do 13° século, os cavaleiros migraram a sede deles para Veneza. O território perdido nos Bálcãs foi logo recapturado. Os cavaleiros Teutônicos governaram a nova terra deles eficazmente. A maioria dos colonos achou estranho ter que responder a assuntos financeiros a monges que não foram autorizados a possuir qualquer coisa, mas isto limitou a corrupção e permitiu que os negócios fossem operados com eficácia. Durante princípios de 1.300, a Inquisição atacou os Templários e Teutônicos com as acusações de crueldade e bruxaria; entretanto o teatro de operações dos Teutônicos (Prússia e Costa do Báltico), colocou-os em segurança, além do alcance de qualquer autoridade que poderia agir contra eles.

               As regras dos Teutônicos não eram fáceis. No 14° século aconteceram uma série de batalhas contínuas contra Lituanos; até 80 expedições ao todo com até sete em um ano. Os Teutônicos alcançaram o Cume do seu poder e reputação durante esse período, aparecendo então, algumas das melhores mentes militares da era. Muitos membros da SS auto nomearam-se como cavaleiros da Ordem Militar. A Ordem dos cavaleiros Teutônicos ainda existe na Áustria como uma organização semi-clerical, dedicada ao trabalho de caridade.

 

               Os Lugares Santos

 

               Valleta, Malta (Hospitalares)

 

               Entre suas características originais, possuía uma série de albergues (pousadas), representando áreas da Europa, tais como Aragão, França, Alemanha, Provence, Castilha, Itália e Inglaterra. Na costa norte da ilha está a Bahia onde São Paulo Naufragou em sua tentativa de chegar em Roma. A presença dos cavaleiros permanece, com várias estruturas e fortificações que comemoram locais com significado religioso; mas mais proeminente é a do castelo do mar de Sant’Ângelo, o forte de St Elmo e o subúrbio cercado de vittoriosa, abrangendo dois promontórios que proveram um porto natural facilmente defendido. Todos esses pontos tornou-se a cidade de Valleta. A cidade foi nomeada em homenagem ao grão-mestre Jean de la Valette, veterano do ataque de Rhodes sendo considerado como o defensor próspero de malta contra os Turcos Otomanos. No chão de um quarto estão 375 tabletes (lajotas) de mármore, cada uma ricamente decorada e registrando as ações da Ordem. Este quarto é conhecido como o mausoléu de cavalheirismo.

               O grande hospital – contendo um dos quartos maiores em toda a Europa – é o ponto alto da construção médica hospitalaria. o pupilo principal mede 185 pés de comprimento por 35 pés de largura, com 31pés de altura (pé direito). Construído por volta de 1570 e está atualmente desativado. Foram observados padrões rígidos de limpeza e higiene, pelos hospitalários, que cuidaram dos pacientes usando utensílios de prata para assegurar higiene, além de contarem com um corpo de cirurgiões da Ordem, considerados como os melhores e mais bem treinados de toda a Europa. A cidade foi tomada por Napoleão Bonaparte em 1798 sem resistência. Reduzidos a alguma propriedade de terra em edifício em Roma, os hospitalários buscaram consolo nas origens de sua Ordem e devolveram suas regras. Com o tempo, com o reaparecimento de seu poder e prestígio, foi devolvida a sua propriedade dentro de Valleta.

 

               Castelo de Marienburg, Polônia (Teutônicos)

 

               A sede dos cavaleiros Teutônicos na Prússia Oriental (agora Polônia), castelo de Marienburg foi construído originalmente em 1276 pelo grão mestre Von Winrich Kniprode como uma fortaleza funcional e sua importância foi estratégica para o comando e sede dos Teutônicos por volta de 1309. Como os cavaleiros ampliaram seus territórios e trouxeram paz para a área, o castelo tornou-se um magnífico hotel para os nobres visitantes e cavaleiros que quiseram tomar parte nas campanhas da Ordem. Reformados completamente durante o 19 ° século, foi bombardeado pelos aliados que o reduziram a ruínas durante a Segunda guerra mundial.  O governo polonês devolveu o castelo aos Teutônicos como meio de restabelecer a tradição e manter o local histórico.

 

               Capela de Rosslyn, Escócia (Templários)

 

               Três milhas sul de Edimburgo e sete milhas da antiga sede dos Templários, na Escócia, em Balantrodoch, está a aldeia chamada Rosslyn. Empoleirado na extremidade de um desfiladeiro sobre a cidade encontramos a capela de Rosslyn – gotejando tão pesadamente com esculturas góticas, nórdicas e Célticas que parecem ser parte de algo maior. Esta era a intenção. Pretendia-se originalmente que a capela de Rosslyn fosse a capela da senhora, parte de uma estrutura maior que pretendeu ser a maior Catedral na Europa. A falta de capital e a necessidade de atenção em outro lugar impediu a obra de ser completa. O interior da capela que teve essas fundações iniciadas em 1446, contém muitas imagens esculpidas além de padrões geométricos e símbolos que são muito populares entre os Free-Maçons.

 

               Os templários na atualidade

 

               Os Templários atualmente são pessoas intelectuais e empresários de alto nível aquisitivo. O equipamento (atualmente apenas ritualístico) de combate é igual aos tradicionais cavaleiros, porém, não é admitido o uso de nenhuma marca, broche, símbolo ou emblema de identificação. Suas batas monásticas e cerimoniais são distintivas, com uma cruz alargada vermelha (a cruz patté ou de malta) fixada sobre um fundo branco. Sua bandeira é um céu preto em um campo branco ou a tão conhecida bandeira quadriculada (usada para designar os vencedores em competições). Os atuais Templários pertencem a um grupo cauteloso e fechado, que após a amarga experiência de princípios do século XIV, costumam manter-se herméticos.

               São pessoas que dão muita importância à investigação e pesquisa. Dezenas de grupos que se denominam descendentes dos Templários de Origem, na verdade não o são. Quase todos os Templários são obcecados pelo conhecimento, sendo este considerado como primários para o desenvolvimento da habilidade de pesquisa. Eles têm conceitos profissionais altamente educados. Cultivam o desenvolvimento intelectual, bem como o burocrático, investigativo. Linguístico, legislativo e habilidades financeiras. Possuem também, fortes contatos, influências e recursos.

 

Algumas Sociedades Secretas